Sinonímia
É
a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam
significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.
Ex.:
Cômico - engraçado
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto
Antonímia
É
a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam
significados diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.
Ex.:
Economizar - gastar
Bem - mal
Bom - mau
Bem - mal
Bom - mau
Homonímia
É
a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados
diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.
As
homônimas podem ser:
Homógrafas
heterofônicas
- são as palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess .sing. pres. ind. - verbo gostar)
Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)
Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess .sing. pres. ind. - verbo gostar)
Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)
Homófonas
heterográficas
- são as palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia.
Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo)
cessão (substantivo) - sessão (substantivo)
cerrar (verbo) - serrar ( verbo)
Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo)
cessão (substantivo) - sessão (substantivo)
cerrar (verbo) - serrar ( verbo)
Homófonas
homográficas
(ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúncia e escrita.
Ex.:
cura (verbo) - cura ( substantivo)
verão ( verbo) - verão ( substantivo)
cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)
verão ( verbo) - verão ( substantivo)
cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)
Paronímia
É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras
que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na
escrita - PARÔNIMOS.
Ex.: cavaleiro - cavalheiro
absolver - absorver
comprimento – cumprimento
absolver - absorver
comprimento – cumprimento
Polissemia
É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar
vários significados.
Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa.
abasteci meu carro no posto da esquina.
os convites eram de graça.
os fiéis agradecem a graça recebida.
abasteci meu carro no posto da esquina.
os convites eram de graça.
os fiéis agradecem a graça recebida.
Figuras de linguagem
São
recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de
som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
Figuras de som
a)
aliteração:
consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”
c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Eu que passo, penso e peço.”
Figuras de construção
a)
elipse:
consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”
d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”
e)
silepse:
consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende,
com o que está implícito. A silepse pode ser:
•
De gênero: Vossa Excelência está preocupado.
•
De número: Os lusíadas glorificou nossa literatura.
•
De pessoa: “O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa
coisinha verde e mole que se derrete na boca.”
f)
anacoluto:
consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se
inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
"A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa."
"A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa."
g)
pleonasmo:
consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
h)
anáfora:
consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”
Figuras de pensamento
a)
antítese:
consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”
“Os jardins têm vida e morte.”
b)
ironia:
é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com
isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c)
eufemismo:
consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese,
procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
d)
hipérbole:
trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados
predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
f)
gradação ou clímax:
é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente
(anticlímax)
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”
g)
apóstrofe:
consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”
Figuras de palavras
a)
metáfora:
consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base
numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A
metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
b)
metonímia:
como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma
palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro
significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base
em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma
relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
c)
catacrese:
ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito,
torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se
percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
O pé da mesa estava quebrado.
d)
antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que
o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
e)
sinestesia:
trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos
do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
Vícios de linguagem
A
gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua,
denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas
pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.
Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.
Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.
a)
barbarismo:
consiste em gravar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta: "pesquiza" (em vez de pesquisa), "proototipo" (em vez de protótipo). Subdivide-se em:
- gráficos: referem-se aos erros na escrita.
- ortoépicos: referem-se ao ato de escrever corretamente e pronunciar errado.
- prosódicos: referem-se à pronuncia irregular.
- semânticos: refere-se ao emprego inadequado de uma palavra ou locução.
- morfológicos: referem-se aos erros de conjunção e concordância.
- mórficos: referem-se, principalmente, aos erros que envolvem os elementos estruturados das palavras e sua significação.
- gráficos: referem-se aos erros na escrita.
- ortoépicos: referem-se ao ato de escrever corretamente e pronunciar errado.
- prosódicos: referem-se à pronuncia irregular.
- semânticos: refere-se ao emprego inadequado de uma palavra ou locução.
- morfológicos: referem-se aos erros de conjunção e concordância.
- mórficos: referem-se, principalmente, aos erros que envolvem os elementos estruturados das palavras e sua significação.
b)
solecismo:
consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)
c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se do uso de palavras que geram uma duplicidade no sentido da frase, dificultando sua interpretação, ou seja, é construir a frase de um modo que ela
apresente mais de um sentido. Subdivide-se em:
- arcaísmo: consiste na utilização de expressões e construções sintáticas que já caíram em desuso. Ex. Outrossim vou! (Também vou!)
- regional: refere-se às palavras ou expressões usadas em determinados lugares. Ex. você é um apalermado! (você é um bobo!)
- sintático: refere-se a construções que foram abandonadas. Ex. Ambos os dois. (pleonasmo vicioso)
- arcaísmo: consiste na utilização de expressões e construções sintáticas que já caíram em desuso. Ex. Outrossim vou! (Também vou!)
- regional: refere-se às palavras ou expressões usadas em determinados lugares. Ex. você é um apalermado! (você é um bobo!)
- sintático: refere-se a construções que foram abandonadas. Ex. Ambos os dois. (pleonasmo vicioso)
d)
cacofonia: vicio de linguagem caracterizado pelo encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzem um efeito desagradável ao ouvinte. Subdivide-se em;
- colisão: encontro de consoantes que produz um som incorreto. Ex. Que não seja já.
- eco / assonância: consiste na sequencia de sons vocálicos idênticos na proximidade de palavras que têm a mesma terminação. Ex. Vicente mente constantemente. (na poesia o eco destaca uma rima).
- colisão: encontro de consoantes que produz um som incorreto. Ex. Que não seja já.
- eco / assonância: consiste na sequencia de sons vocálicos idênticos na proximidade de palavras que têm a mesma terminação. Ex. Vicente mente constantemente. (na poesia o eco destaca uma rima).
- hiato: encontro de vogais que produza um som desagradável. Ex. ele iria à aula hoje.
- cacófato: encontro de duas ou mais palavras que formam um novo sentido, na maioria das vezes inconveniente. Ex. Ele tem uma mão machucada.
- aliteração; repetição de um fonema igual ou parecido. Ex. Pede o papa paz ao povo.
- cacófato: encontro de duas ou mais palavras que formam um novo sentido, na maioria das vezes inconveniente. Ex. Ele tem uma mão machucada.
- aliteração; repetição de um fonema igual ou parecido. Ex. Pede o papa paz ao povo.
e)
pleonasmo:
consiste na repetição desnecessária de uma ideia.
A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.
A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.
f)
neologismo:
é a criação desnecessária de palavras novas.
Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.
Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.
g)
arcaísmo:
consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso.
Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)
Vossa Mercê
h)
eco:
trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
O menino repetente mente alegremente.
O menino repetente mente alegremente.
Funções da linguagem
Função Referencial
Função Conativa
Função Emotiva
Função Metalinguística
Função Fática
Função Poética
Observação: Em um mesmo contexto, duas ou mais funções podem ocorrer simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente ao escrever poesias tem as linguagens poética, emotiva e metalinguística ao mesmo tempo.
Função
Referencial
Quando o objetivo do emissor é informar, ocorre a função referencial, também chamada de denotativa ou de informativa. São exemplos de função denotativa a linguagem jornalística e a científica.
Ex.: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra.
O texto acima tem por objetivo informar o que contém a cesta, portanto sua função é referencial.
Quando o objetivo do emissor é informar, ocorre a função referencial, também chamada de denotativa ou de informativa. São exemplos de função denotativa a linguagem jornalística e a científica.
Ex.: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra.
O texto acima tem por objetivo informar o que contém a cesta, portanto sua função é referencial.
Função Conativa
Ocorre a função conativa, ou apelativa, quando o emissor tenta convencer o receptor a praticar determinada ação. É comum o uso do verbo no Imperativo, como "Compre aqui e concorra a este lindo carro".
"Compre aqui..." é a tentativa do emissor de convencer o receptor a praticar a ação de comprar ali.
Função Emotiva
Quando o emissor demonstra seus sentimentos ou emite suas opiniões ou sensações a respeito de algum assunto ou pessoa, acontece a função emotiva, também chamada de expressiva.
Ex.: Nós o amamos muito, Romário!!
Função Metalingüística
É a utilização do código para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever, palavras que explicam o significado de outra palavra.
Ex.: Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as idéias para o papel, sinto-me realizada.
Função Fática
A função fática ocorre, quando o emissor testa o canal de comunicação, a fim de observar se o receptor o entendeu. São perguntas como "não é mesmo?", "você está entendendo?", "cê tá ligado?", "ouviram?", ou frases como "alô!", "oi".
Ex.:Alô Houston! A missão foi cumprida, ok? Devo voltar à nave? Alguém me ouve? Alô!!
Função Poética
É a linguagem das obras literárias, principalmente das poesias, em que as palavras são escolhidas e dispostas de maneira que se tornem singulares.
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