"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
(Carlos Drummond de Andrade)
"Quando
observamos as brincadeiras infantis, não duvidamos que, para as crianças,
brincadeira é coisa séria. Por isso elas detestam ser interrompidas. Se isso
acontece, reagem quase sempre ignorando a interrupção, às vezes irritadas ou
até mesmo agressivas". (...)
Quando observamos crianças brincando numa praça, as primeiras impressões são de
variedade e movimento. Umas correm, outras se balançam, conversam, disputam
brinquedos, brincam em grupo ou individualmente. É comum vermos que a criança
se sente desafiada pela habilidade com que a outra é capaz de subir no
escorregador ou numa árvore. Observa a altura, a possibilidade de queda, e
reflete se deve experimentar a mesma sensação de coragem, autonomia e
satisfação do companheiro.
Assim, através da brincadeira espontânea, a criança mostra que é naturalmente
dotada de criatividade, habilidade, imaginação, inteligência.
Então, qual seria a função da brincadeira na escola ou na igreja?
Cabe a você, educador, criar um ambiente organizado de tal forma que a criança
possa explorar e desenvolver ao máximo estas características que lhe são
próximas.
A criança também adquire conhecimentos através da exploração de objetos que
encontra no seu ambiente. Manipulando-os ela percebe suas propriedades físicas,
ou seja, que há objetos redondos, quadrados, macios, ásperos, grossos, etc.
Conhecendo as qualidades dos objetos, ela começa a compará-los e assim
relaciona uns com os outros, por tamanho, cores, formas distintas, etc..
É a partir da manipulação dos objetos que fazem parte da vida da criança que
ela adquire conceitos abstratos. Por exemplo, um objeto só é considerado "grande"
quando comparado com outros "menores". A partir da compreensão de
conceitos de tamanho, forma, cor, espessura, é que ela vai desenvolvendo seu
raciocínio lógico, fundamental para o aprendizado posterior da
matemática.
Manipulando objetos, conversando, contando histórias, dramatizando, as crianças
utilizam a comunicação verbal. Desta maneira, ampliam sua linguagem,
expressando-se e compreendendo melhor o mundo à sua volta.
Através
das brincadeiras, não só amplia-se o relacionamento do grupo, gera maturação e
desenvolve habilidades, mas também colabora-se ao desenvolvimento intelectual,
através de formação de conceitos, recapitulações e fixação de conteúdos.
(...) Mais que tudo, lembre-se: Brincar é a melhor expressão de vida da
criança."
“Educa
a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará
dele.” (Provérbios 22:6)
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