2/12/2014

Questões para reflexão de Didática, pela profª Maria de Fátima Andrade


    1- Qual a fundamentação legal sobre a ampliação do Ensino Fundamental?
Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite a matrícula no Ensino Fundamental de 9 anos, a iniciar-se aos 6 anos de idade.
Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010.


  2- Qual a idade para a criança ingressar no Ensino Fundamental de nove anos de duração?
Segundo as orientações legais e normas estabelecidas pelo CNE, a data de corte, ou seja, a data de ingresso das crianças no Ensino Fundamental é a partir dos seis anos de idade, completos ou a completar até o início do ano letivo, conforme estabelecido pelo respectivo sistema de ensino.
 Parecer CNE/CEB nº 7, de 19 de abril de 2007: não deve restar dúvida sobre a idade cronológica para o ingresso no Ensino Fundamental com a duração de nove anos: a criança necessita ter seis anos completos ou a completar até o início do ano letivo.


    3- QUAL É A NOMENCLATURA INDICADA PELO CNE PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E O ENSINO FUNDAMENTAL?
Etapa de Ensino                           Faixa Etária Prevista Duração
Educação Infantil                                 
Creche                                             Até três anos de idade 
Pré-Escola                                      Quatro e cinco anos de idade

      Ensino Fundamental                

Anos iniciais                                   De 6 a 10 anos de idade, duração de 5 anos
Anos finais                                      De 11 a 14 anos de idade, duração de 4 anos


    4- COM A IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS, A EDUCAÇÃO INFANTIL SERÁ ATÉ CINCO ANOS DE IDADE?
De acordo com a Resolução CNE/CEB  nº 3/2005, devem ser matriculadas na Pré-Escola as crianças com cinco anos de idade, no início do ano letivo.


     5- Quais são os conteúdos que deverão ser desenvolvidos no Ensino Fundamental de nove anos?
·         A definição de conteúdos é de competência dos sistemas de ensino. Para subsidiar essa discussão é importante observar os seguintes documentos:
·         A Constituição Federal
·         A LDB nº. 9.394/1996
·         Plano Nacional de Educação
·         Parâmetros Curriculares Nacionais
·         As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
·         Pareceres e resoluções do CNE e do respectivo sistema de ensino
·         O documento Ensino Fundamental de nove anos: orientações para inclusão das crianças de seis anos de idade (publicação do MEC/ SEB/ DPE/ COEF).
·         As propostas pedagógicas das Secretarias de Educação
·         Os projetos políticos – pedagógicos das escolas
·         As pesquisas educacionais
·          A literatura pertinente


     6- Com a ampliação do Ensino Fundamental a alteração curricular é obrigatória?
Sim. Vale lembrar que todos nós - professores,  gestores e demais profissionais de apoio à docência - temos neste momento uma complexa e urgente tarefa: a de participarmos junto ao Conselho Nacional de Educação da elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica.


   7- O conteúdo do primeiro ano do Ensino Fundamental de nove anos é o conteúdo trabalhado no último ano da pré-escola de seis anos?
Não. A Educação Infantil, primeira Educação Básica, não é lugar para preparar crianças para o Ensino Fundamental, ela tem objetivos próprios que devem ser alcançados na perspectiva do desenvolvimento infantil respeitando, cuidando e educando crianças em um tempo singular da primeira infância. No caso do primeiro ano do Ensino Fundamental a criança de seis anos, assim como as demais de sete a dez anos de idade, precisa de uma proposta curricular que atenda suas características, potencialidades e necessidades específicas dessa infância.


     8- Como deve ser a avaliação no 1º ano do Ensino Fundamental de nove anos?
·         Assumir como princípio que a escola deve assegurar aprendizagem com qualidade para todos;

·         Assumir a avaliação como princípio processual, diagnóstica, participativa, formativa e redimensionadora da ação pedagógica. Elaborar instrumentos e procedimentos de observação, de registro e de reflexão constante do processo de ensino-aprendizagem.

2/06/2014

Hidratação e outros cuidados com as crianças em dias quentes




          Em dias quentes, como os que têm feito nos últimos dias em vários estados do Brasil, a atenção com as crianças deve ser redobrada. Alimentação e roupas leves e bastante líquido estão entre os principais cuidados. Por conta do calor, elas perdem muito líquido pela transpiração e pela urina. Por isso, não espere que o seu filho peça um copo de água para você. Lembre-se de que a criança precisa de pelo menos 4 copos de água por dia para manter a hidratação e o bom funcionamento do intestino.


       Abaixo, você confere algumas medidas simples, mas que fazem toda a diferença nos dias quentes: 



- Passe o bloqueador solar mais de uma vez ao longo do dia;

- Água de coco e chás, como erva doce ou cidreira, também são boas alternativas; 

- Evite os refrigerantes. Além de gaseificados, têm açúcar, o que faz com que a criança perca ainda mais água pela urina. Se ela tomar uma bebida com açúcar, a próxima deverá ser água; 

- Os sucos de melão e melancia têm alto poder de hidratação, são fontes de potássio e água e não precisam ser adoçados; 

- Os alimentos também ajudam a hidratar e devem ser sempre frescos e de fácil digestão. Incentive o consumo de frutas, legumes e verduras. E não se assuste: é normal o apetite da criança diminuir em dias quentes; 

- O ambiente onde a criança está deve ser sempre arejado, inclusive durante a noite. Se for preciso, use um ventilador, desde que o vento não fique direto nela; 

- Deixe seu filho com roupas frescas. Dê preferência aos tecidos de fibra natural, como o algodão, que absorvem o suor do corpo e mantém a temperatura do organismo. Está em dúvida se o seu bebê está com frio? Observe as mãos e os pés dele. Se estiverem quentinhos, não é preciso colocar mais roupa; 

- Cuidado com o sol. Em excesso, ele pode desidratar a criança, além de provocar graves queimaduras. Evite ainda que fique exposto ao sol entre 10h e 17h. Deixe seu filho sempre protegido, com protetor solar, boné, roupa confortável e leve. Inclusive quando ele for para a escola. Se for à pé, use um guarda-chuva para protege-lo do sol; 

- Na lancheira (que deve ser térmica), nada de pães com patês, maionese e embutidos. O melhor são sucos, frutas e um sanduíche bem leve, como com recheio de queijo branco e cenoura ralada. 

- As crianças que se alimentam exclusivamente com o leite materno não precisam de complemento na hidratação, a não ser em casos específicos. Observe o volume do xixi do seu filho. Se ele diminuir, é preciso conversar com o pediatra. 

- Evite ambientes fechados e aglomerações. Além de ser desconfortável para a criança o calor em excesso, há risco de ela pegar uma infecção viral. Fique atenta com a diarreia, o vômito e a febre, principais sinais de virose. 

- Água de coco e chás, como erva doce ou cidreira, também são boas alternativas; 

- Evite os refrigerantes. Além de gaseificados, têm açúcar, o que faz com que a criança perca ainda mais água pela urina. Se ela tomar uma bebida com açúcar, a próxima deverá ser água; 

- Os sucos de melão e melancia têm alto poder de hidratação, são fontes de potássio e água e não precisam ser adoçados; 

- Os alimentos também ajudam a hidratar e devem ser sempre frescos e de fácil digestão. Incentive o consumo de frutas, legumes e verduras. E não se assuste: é normal o apetite da criança diminuir em dias quentes; 

- O ambiente onde a criança está deve ser sempre arejado, inclusive durante a noite. Se for preciso, use um ventilador, desde que o vento não fique direto nela; 

- Deixe seu filho com roupas frescas. Dê preferência aos tecidos de fibra natural, como o algodão, que absorvem o suor do corpo e mantém a temperatura do organismo. Está em dúvida se o seu bebê está com frio? Observe as mãos e os pés dele. Se estiverem quentinhos, não é preciso colocar mais roupa; 

- Cuidado com o sol. Em excesso, ele pode desidratar a criança, além de provocar graves queimaduras. Evite ainda que fique exposto ao sol entre 10h e 16h. Deixe seu filho sempre protegido, com protetor solar, boné, roupa confortável e leve. Inclusive quando ele for para a escola. Se for à pé, use um guarda-chuva para protege-lo do sol; 

- Na lancheira (que deve ser térmica), nada de pães com patês, maionese e embutidos. O melhor são sucos, frutas e um sanduíche bem leve, como com recheio de queijo branco e cenoura ralada. 

- Deixe a criança um pouco sem fralda;

- As crianças que se alimentam exclusivamente com o leite materno não precisam de complemento na hidratação, a não ser em casos específicos. Observe o volume do xixi do seu filho. Se ele diminuir, é preciso conversar com o pediatra. 

- Evite ambientes fechados e aglomerações. Além de ser desconfortável para a criança o calor em excesso, há risco de ela pegar uma infecção viral. Fique atenta com a diarreia, o vômito e a febre, principais sinais de virose. 

- E não se assuste: é normal o apetite da criança diminuir em dias quentes; 

- Ofereça água ao seu filho, mesmo que ele não peça. Sirva em pequenas quantidades e, de preferência, mais para o gelado do que em temperatura ambiente, que torna a absorção mais rápida; 


IMPORTANTE FRISAR:
  • Os pediatras costumam recomendar o uso de filtros solares a partir dos 6 meses. Use o tipo recomendado pelo médico, pois há grandes variações na composição química desses produtos. Chapéus não podem ser apertados, e precisam ter as abas largas. Chapéus ou bonés com elástico podem atrapalhar a circulação do sangue.
 
  • Quando o bebê é pequeno, o melhor é ficar em ambientes cobertos nas horas de mais calor. Se você precisa sair no sol, proteja bem a criança. Para passeios ao ar livre, prefira o começo da manhã ou o final da tarde. Tire colchõezinhos ou colchas do carrinho para a temperatura dentro dele não subir demais. 

  • Se estiver muito quente, deixe o bebê pelado. Pode ser na hora de uma soneca da tarde, por exemplo, num lugar de fácil lavagem para o caso de ele fazer xixi ou cocô. O suor se acumula nas áreas plásticas da fralda descartável e causa irritações como a brotoeja e a assadura. Você pode até tentar usar fraldas de pano, se a pele do seu filho estiver irritada demais. 

  • Nos dias de calor intenso, amamente o bebê com mais frequência. No caso de crianças maiores, dê bastante água, suco de fruta e água de coco. 

  • Bebês de menos de 6 meses que mamam no peito não precisam tomar água, mesmo no calor. Estudos já mostraram que, desde que os bebês sejam amamentados quando pedem, eles não ficam desidratados. 

  • No calor, os bebês tendem a solicitar mais o seio, e o leite materno, composto basicamente de água, é suficiente para hidratá-los. Com idas ao seio frequentes, os bebês recebem mais o leite anterior, que é mais leve e refrescante que o leite posterior, mais rico em calorias e gordura. 

  • Para bebês que tomam fórmulas lácteas, pode-se dar água na mamadeira -- sempre previamente fervida e resfriada. 

  • Não dê ao bebê alimentos não industrializados, especialmente os comprados de vendedores ambulantes. Carregue sempre consigo a água para o bebê. Cuidado também se for transportar alimentos como a sopinha. No calor, a comida pode se deteriorar rápido. 

  • Caso seu filho tome fórmula de leite em pó, só prepare a mamadeira na hora do uso e utilize-a dentro de, no máximo, uma hora. Se você for sair, leve a água para a mamadeira ou use água mineral de procedência conhecida, e carregue o pó separado (existem recipientes com divisórias para várias doses, que facilitam a tarefa). 

  • Se estiver muito quente, óleos infantis usados para massagem podem colaborar para o surgimento de dermatite ou brotoejas se não forem bem retirados no banho. Não use cremes hidratantes em excesso e, se o bebê for sair no sol, evite cremes antiassaduras dentro da fralda, para permitir que a pele respire melhor. 

  • Muitas mães passam bastante talco nos bebês depois do banho para mantê-los frescos. Na verdade, o contato do talco na pele molhada pode causar irritação e desconforto. Além disso, as partículas do pó do talco são tão finas que podem entrar no pulmão da criança, causando problemas graves. 

  • Se mesmo assim você quiser passar talco, use pequenas quantidades, sem provocar "fumaça", e mantenha o recipiente sempre longe das mãozinhas do bebê. Uma alternativa mais segura é a maisena, que tem partículas maiores, não tão prejudiciais. A tradição de colocar maisena na água do banho também é uma boa opção. 

O calor é a estação ideal para deixar o bebê brincar com água. Desde o momento em que o bebê já sentar com firmeza, você pode colocá-lo na banheirinha ou em uma piscininha inflável com um fundo de água e brinquedos. Isso pode ser feito tanto ao ar livre quanto dentro de casa. Mas não deixe a criança nem um segundo sozinha. 

  • Para ir na piscina, converse com o pediatra. Há aulas de natação junto com os pais para crianças a partir de 3 meses, mas alguns pediatras preferem esperar até pelo menos 6 meses para reduzir o risco de otites (infecções no ouvido). Fique atenta às condições de higiene da piscina. 

  • Se você tem ar condicionado em casa, desligue-o na hora do banho e só volte a ligá-lo quando a criança estiver totalmente vestida e com o cabelo seco. Se o bebê for ficar em ambiente com ar condicionado o dia inteiro, é melhor vesti-la com roupas mais fechadas. Também não deixe o aparelho ligado muito em cima do bebê. 

  • A passagem da luz solar por óculos de plástico transparente colorido pode prejudicar os olhos do bebê. Óculos escuros infantis têm de ter proteção contra os raios ultravioletas do sol. Na dúvida, é melhor não usar. 

  • A temperatura dentro do carro pode aumentar muito rápido, mesmo quando parece não estar tão calor assim. O aumento da temperatura pode causar hipertermia, ou seja, a criança fica quente demais, o que leva à rápida desidratação e até à morte (é o que acontece com crianças esquecidas dentro do carro). 

  • Acostume-se também a não deixar a criança sozinha dentro do carro - o que será útil para saber quando ela for maior e quiser ficar brincando no veículo. O risco de hipertermia não deve ser subestimado.

Aspecto Cognitivo na Educação Infantil


O aspecto cognitivo refere-se ao desenvolvimento dos recursos para pensar o uso e a apropriação de forma de representação e comunicação envolvendo resolução de problemas (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI).

Cognição é o ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. A palavra cognição tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles. A psicologia cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. Atualmente é um ramo da psicologia dividido em inúmeras linhas de diferentes pesquisas e algumas vezes discordantes entre si. 

Esta deriva da psicologia onde o aprendizado se dá pela apreensão dos dados e do conhecimento imediato de um objeto mental. A cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento através da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento e na percepção, também na classificação, reconhecimento e compreensão para o julgamento através do raciocínio para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples, podemos dizer que cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco sentidos.

Mas a cognição é mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento e consequentemente, a nossa melhor adaptação ao meio - mas é também um mecanismo de conversão do que é captado para o nosso modo de ser interno. Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive, sem perder a sua identidade existencial. Ela começa com a captação dos sentidos e logo em seguida ocorre a percepção. É portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória, ou seja, Aspectos Cognitivos na Educação Infantil é a construção dos conhecimentos, a percepção, atenção, concentração, memória, e movimento para resolução de problemas.

O corpo deve ser usado como um grande companheiro ao desenvolvimento cognitivo na Educação Infantil, as práticas diárias são as grandes aliadas a buscar o estimulo e desenvolvimento na integra da criança. Dentro de inúmeras habilidades o foco no domínio do esquema corporal deve se apresentar na rotina da Educação Infantil.

A imagem corporal que a criança tem de si mesmo é o ponto de referencia para todo o tipo de aquisição de conhecimento. É através do domínio do próprio corpo que o mundo exterior se fará presente em seu cognitivo. A educação do esquema corporal deve evoluir do todo para partes específicas e da ação para a reflexão (controle dos movimentos em determinadas atividades), sendo assim atividades de movimentos, deslocamentos, jogos, brincadeiras livres ou dirigidas devem ser constantes nas práticas pedagógicas da fase infantil.