3/05/2021

A importância de ouvir/contar histórias


“Que privilégio é poder ouvir uma história bem contada... (respiração profunda)
Contudo melhor do que ouvir ou ler é poder contá-la e ver olhos curiosos para saber o seu desfecho, mãos inquietas que demonstram a expectativa, suspiros de corações românticos, bravos comentários de aventureiros sobre as diversas ficções. Quão bom é saber que você é um canal de emoções e esperanças! (dentre outros que seguem)“ 


Literatura é a técnica de compor e expor textos escritos, em prosa ou em verso, de acordo com princípios teóricos e práticos; o exercício dessa técnica ou da eloquência e poesia. A palavra Literatura vem do latim "litteris" que significa "Letras", e possivelmente uma tradução do grego "grammatikee".

Literatura é a arte da palavra. Podemos dizer que a literatura, assim como a língua que ela utiliza, é um instrumento de comunicação e de interação social, ela cumpre o papel de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade.


benefícios que a leitura traz para o cérebro (e para a vida)
  1. Melhora o funcionamento do cérebro. São inúmeras as pesquisas que comprovam que ler aumenta as conexões neurais, fazendo com que o cérebro funcione melhor. ... 
  2. Estimula a criatividade. Você fica mais inteligente quando lê muito, e também melhora a escrita e seu vocabulário. ... 
  3. Incita o senso crítico. ... 
  4. Provoca empatia. 
  5. Esta dinâmica reforça a memória e a aprendizagem de valores
  6. Definitivamente, vale a pena abrir um espaço desde cedo para colher a semente da imaginação.
  7. Facilita a socialização e relacionamento 
  8. ajuda no bom desenvolvimento cerebral, aumentando a memória e relaxando o organismo. 
  9. Valores/ condutas 
  10.  o incentivar a comunicação verbal com estas ferramentas, estamos reforçando as capacidades lógicas e diminuindo os níveis de estresse que impedem de ter um sono tranquilo. 
  11. Imaginação
  12. Deixa a tecnologia 
A linguagem oral é a mais remota figura de comunicação entre as pessoas, portanto, as histórias têm papel respeitável no desenvolvimento das crianças. Mais que uma linguagem prazerosa e educativa, a ação de contar e ouvir histórias possibilita o resgate da memória cultural e afetiva.

Saber escutar. Eis uma característica que todos buscam num bom amigo. Quem sabe escutar mostra curiosidade, interesse no outro e disposição a entender uma realidade que não é a sua. Em tempos de ansiedade e necessidade de assumir posicionamentos, muitas vezes escutamos inquietamente, atropelando o ritmo do outro para podermos também falar. As pessoas que têm paciência para ouvir, frequentemente se tornam mais habilidosas no momento de se expressar. 

Histórias infantis são uma importante ferramenta na formação da identidade e valores de toda criança. Além de ajudar a desenvolver o imaginário, capacidades cognitivas e a inteligência emocional dos pequenos, elas também podem ser uma valiosa oportunidade para momentos de maior vínculo com os pais!
O hábito exercita a proximidade e auxilia para que pais e filhos construam juntos um ambiente de confiança e contato, principalmente em famílias com a vida mais corrida. A medida que a criança vai crescendo, pode ser mais fácil de estabelecer espaços de conversa com os pais depois.
Vamos a algumas dicas?
-Contar histórias pode ajudar a criança a acompanhar melhor os currículos escolares e desenvolver habilidades orais, de leitura, escrita e temas gerais, estimulando o gosto pelo conhecimento, pela literatura e pelo ato de aprender;
-A contação de histórias pode ser uma alternativa de entretenimento saudável e repleta de contato humano para os mais novos! Pode substituir momentos em frente à televisão, computador ou jogos eletrônicos, principalmente à noite;
-Praticada antes da hora de dormir ela pode acalmar e até facilitar a rotina do horário de dormir, contribuindo para uma boa noite de sono;
-Para variar a atividade, aposte em músicas, som de instrumentos musicais ou crie ainda um teatrinho de fantoches ou sombras, utilizando um tecido estendido sobre um barbante.
-Para deixar o momento mais interessante, experimente deixar o seu filho ser o narrador da história algumas vezes.
-Histórias com o final livre ou diferentes tipos de final exercitam a criatividade e deixam a narrativa mais emocionante também.
-Ler com antecedência a história antes de contá-la para seu filho é um ótimo truque para saber quais serão os momentos mais importantes da história, dando um tom especial à narração.
-Você pode utilizar o apoio de um livro na contação — principalmente os que tiverem belas ilustrações — ou pode contar uma história com suas próprias palavras, apostando na dramatização para entreter os pequenos.
-Fique atento ao grau de desenvolvimento e compreensão da criança: filhos menores vão preferir livros com mais imagens, curtos e fáceis de manusear. Crianças maiores, próximas aos seis anos por exemplo, podem gostar de histórias mais longas, como fábulas e similares.
-Bebês ou crianças muito novas podem acabar cortando-se com as folhas ou se machucando com os cantos pontiagudos dos livros. Nesta faixa etária, aposte em livros emborrachados, de pano ou com folhas cartonadas (mais grossas) e arredondados nas pontas.

Além de ser uma das melhores maneiras de ajudar os pequenos a lidarem com as descobertas e transformações, pelas quais todos nós passamos quando estamos crescendo e conhecendo o mundo que nos cerca.
Ao ouvir um conto, uma fábula ou uma lenda, a criança vivencia o imaginário e, ao mesmo tempo, se vê na ação dos personagens, colaborando para a construção da ética e da cidadania


Além de ser um momento prazeroso e interativo entre quem conta e quem ouve (geralmente, pais e filhos), narrar histórias para as crianças envolve fábulas, contos e lendas baseadas no repertório de mitos da sociedade.
O adulto, ao contar determinada história, permite que a criança inicie um processo de construção de sua identidade social e cultural.
Contar histórias para crianças também contribui para o desenvolvimento da linguagem — uma vez que amplia o universo de significados da criança — e do hábito da leitura, de vital importância na educação infantil. Com isso, ajuda no desenvolvimento da criatividade e raciocínio lógico da 

A linguagem oral é a mais remota figura de comunicação entre as pessoas, portanto, as histórias têm papel respeitável no desenvolvimento das crianças. Mais que uma linguagem prazerosa e educativa, a ação de contar e ouvir histórias possibilita o resgate da memória cultural e afetiva. Contar histórias é a mais antiga das artes. Nos velhos tempos, o povo se reunia ao redor do fogo para se esquentar, alegrar, dialogar, narrar acontecimentos. As pessoas assim reunidas contavam e repetiam histórias, para guardar suas tradições e sua língua. Assim transmitiam a história e o conhecimento acumulado pelas gerações, as crenças, os mitos, os costumes e os valores a serem resguardados pela comunidade. Devemos lembrar que Cristo, nas pregações, usava a parábola, uma forma narrativa alegórica, uma história, para passar sua mensagem aos homens. Suas palavras iam do concreto ao simbólico e todos as entendiam. 

O ato de contar uma história, além de atividade lúdica, amplia a imaginação e ajuda a criança a organizar sua fala, através da coerência e da realidade. O ver, sentir e ouvir são as primeiras disposições na memória das pessoas. Contar histórias é uma experiência de interação. Constitui um relacionamento cordial entre a pessoa que conta e os que ouvem. A interação que se estabelece aproxima os sujeitos envolvidos. Os contos enriquecem nosso espírito, iluminam nosso interior, e, ao mesmo tempo, nos tornam mais protagonistas na resolução dos problemas e mais flexíveis para aceitar diferenças. 

O exercício de contar histórias possibilita debater importantes aspectos do dia-a-dia das crianças. Contar histórias é também uma forma de ensinar temas éticos e cidadania e de propiciar um mundo imaginário que encanta a criança. A criança necessita ouvir histórias para desenvolver sua imaginação, a observação, e a linguagem oral e escrita, assim como, o prazer pela arte, a habilidade de dar lógica aos acontecimentos e estimular o interesse pela leitura. 

Através da arte de contar histórias, podemos tornar possível a construção da aprendizagem relacionada à competência cognitiva da criança, propiciando elaboração de conceitos, compreendendo sua atitude no mundo, e se identificando com papéis sociais que exercerá ao longo de sua existência.As histórias devem acontecer dentro de um contexto simples e adequado ao entendimento da criança. São extraordinárias ferramentas para a comunicação de valores, porque dão contexto a fatos abstratos, difíceis de serem transmitidos isoladamente. O professor como contador de histórias, transforma-se em um mediador privilegiado dentro do contexto da educação quando leva o aluno a pesquisa e a novas produções. A história passa a ser reinventada pela criança através de um desenho, uma pintura, ou mesmo através de uma fala com enfoque pessoal. 

POR QUE CONTAR HISTÓRIAS HOJE EM DIA?

Os povos tradicionais passavam o conhecimento, a sabedoria que tinham sobre os reinos da natureza, sobre a vida e a morte, sobre os mistérios do céu e da terra através das suas tradições. Contos, músicas, a forma como plantavam, teciam, trabalhavam com a madeira, com o ferro, com os alimentos… Este encontro dos mais velhos que até hoje passam o que aprenderam para os mais novos, não temos ideia de como isso fortalece nosso mundo interno e nos dá bases firmes para crescermos nos sentindo parte do todo. As histórias nos lembram que não estamos sós, que há sempre novos caminhos a descobrir e a percorrer.  Num mundo onde a depressão é cada vez mais comum, que a meu ver é uma desconexão com suas raízes, suas origens, daqui deste planeta e quem sabe até mais antigas… então esta simples ação de contar uma história que nos toca  pode reativar, reavivar a essência divina em nós e nas pessoas que escutam com o coração aberto.
Foi Jude Le Paboul quem disse: “O conto e o contador e os ouvintes que o escutam formam uma comunidade em que se pode se sentir à vontade, em que se pode partir ao infinito, se pode comunicar, todos juntos. Eu penso que é disso que mais estamos precisando em nossa época. Há tão poucas comunidades! Somos indivíduos, uns ao lado dos outros. O conto e o contador são a alma que pode religar todo o mundo. ”

PROFESSOR QUE ENSINA E QUE TAMBÉM APRENDE
Quando se tem a intenção de realizar algo, faz-se necessário conhecer para apreender sobre este objeto e nada como iniciar um planejamento pelo que já é conhecido e, seguir pelo

 que se quer conhecer, para isto, é preciso estudar e, portanto, ler. A leitura e o estudo se colocam como necessidade em vários momentos da vida, do professor e do aluno, neste a leitura surgiu da necessidade da professora.
 Enquanto preparação do sujeito para aprender, estudar é, em primeiro lugar, um que - fazer crítico, criador, recriador, não importa que eu nele me engaje através da leitura de um texto que (...) me foi proposto (...) ou como necessidade da própria reflexão, me conduz à leitura de textos que minha curiosidade (...) sugerem ou que me são sugeridos por outros (FREIRE, 1997, p.20).
 A formação permanente do professor permite a compreensão de alguns pontos são fundamentais para o exercício de sua prática. Neste sentido, “não existe ensinar sem aprender, pois o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende”. O fato de ensinar exige que o professor tenha propriedade sobre o que deseja ensinar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. “Sua experiência docente', se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua prática” (FREIRE, 1997, p.19).
Se saber ensinar não é transferir conhecimento e que ensinar é uma especificidade humana e política, então ensinar exige consciência do inacabamento, exige curiosidade, exige respeito à autonomia do ser educando, exige pesquisa, exige comprometimento, exige responsabilidade, exige criticidade, exige querer bem aos educandos, exige saber escutar (FREIRE, 2011). O professor forma-se educador na medida em que, faz reflexão da sua própria prática”

Porque ao ouvirmos uma história temos a possibilidade de refletir sobre a vida, sobre a morte, sobre nossas atitudes e escolhas, pois elas nos falam de dor, luta, compreensão, compaixão, solidariedade, esperança e vitória! Porque elas proporcionam um grande prazer, e é uma necessidade do ser humano, seja ele adulto ou criança. 

Escutar histórias é um momento mágico, de encanto, é também um incentivo para a criança aprender a ler. Histórias contadas pelos familiares à noite na beira da cama, num dia de chuva, embaixo de uma árvore, numa rede gostosa. Histórias contadas por várias crianças numa roda.
Contos de fada, histórias inventadas, histórias de livros, casos da comunidade. Quantas maneiras de contar ou ler histórias para as crianças a fim de vê-las rir, perguntar, se assustar e acalmar, dramatizar, inventar e reinventar. 

Ouvir e contar histórias estimula a imaginação, é ter a curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é descobrir outros lugares, outros tempos. Ouvindo histórias as crianças participam dos problemas e dificuldades dos personagens e veem que eles podem ou não ser resolvidos. 

Podem sentir emoções importantes como tristeza, raiva, alegria, medo, insegurança e tantas outras mais, e assim vão se conhecendo melhor, aprendendo a lidar com limites, encontrando ideias, soluções para problemas e vendo como vencer desafios. 

Ouvir e ler histórias oportuniza desenvolver o espírito crítico das crianças, é permitir que elas pensem, duvidem, perguntem, critiquem o que foi lido ou contado, tenham suas próprias ideias, formem sua opinião. 

Uma boa história deve encantar, prender a atenção, falar de coisas e casos interessantes que tenham relação com a vida e nível de compreensão das crianças e também trazer novidades para despertar a curiosidade, incentivar a imaginação. Não devemos ter a preocupação de contar histórias com o objetivo de transmitir conhecimentos ou dar lições de moral. As crianças precisam ouvir histórias e ver livros pelo prazer que isso lhes traz, para que possam tomar gosto pela leitura. 

Na escola um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação. Mas a importância de contar histórias vai muito além. Por meio das histórias podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter, desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário. 

Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais (toda história tem princípio, meio e fim). 

Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças.

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